O SELO DA SOCIEDADE TEOSÓFICA

agosto 19, 2020

O SELO DA SOCIEDADE TEOSÓFICA

O símbolo em questão é tratado sob sete aspectos nos sete elementos que o compõem:

1º- O “Om”- Se encontra no topo do emblema e sintetiza a trimurti hindú, o som trino de onde tudo vem à manifestação (A-U-M).

Cada letra que compõe a palavra sagrada representa sete níveis ou tons do som divino (a Música das Esferas). Assim teremos 3x7= 21 que somados ao 1 que representa a síntese, teremos 22. Deste modo já vemos relação com o alfabeto hebraico de 22 letras que é análoga a este entendimento.

2º - A Suástica – Este símbolo é atemporal e pode ser encontrado em todas as civilizações antigas e é a representação de como, aquílo que é Absoluto, toma impulso para manifestar-se. É o símbolo de “Fohat”, o vórtice energético em que o divino emana, dando existência a tudo. É a própria vida em ação, em formato de espiras, vai expandindo a manifestação (não é a toa que o nome espírito tem o mesmo prefíxo, o Divino move-se em espirais).

Todos que conhecem o número Áureo, “Phi”, determinado pela razão que surge na sequência Fibonacci, que é de 1,618. Pois bem, essa é a razão vista em cada um dos quatro braços das Suástica, provando que tudo no Universo obedeçe essa Lei no processo de vir a ser.

Desde uma simples flôr até uma nebulosa que forma uma Galáxia, esta forma da Suástica é a conformação que parte dos planos mais sutís e vai se dansificando e criando (melhor dizer cristalizando) as formas na matéria.

No desenho que fiz abaixo, vizualizamos claramente o número Áureo formado pelos braços da suástica à direita em comparação com a espiral Fibonacci à esquerda.

3º - O Ouroboros – Este símbolo representa a delimitação das energias acima representadas, Tudo que se manifesta tem que ter um espaço delimitado do qual não poderá passar. A literatura Teosófica fala do “Anel não Passarás”, no que alude exatamente a este símbolo.

Este símbolo também tem representatividade nas cartas do Tarô “A Roda da Fortuna” e “O Mundo”, que representam esse círculo onde tudo se resolve e se equaliza.

Outro ponto que se pode citar é a ideia de início, desenvolvimento, fim e recomeço, traduzidos pela serpente engolindo a sua própria cauda.

4º e 5º- A Estrêla de Seis Pontas ou Selo de Salomão – Na realidade temos aqui dois elementos simbólicos entrelaçados em um um. Temos o triângulo Branco ou ouro claro, na minha versão, com a ponta para cima, que representa os aspectos espirituais, sutís da manifestação e o seu complementar em preto ou ouro escuro, na minha versão com a ponta voltada para baixo, no que traduz aspectos materializantes, mais densos.

Uma carta do Tarô que tem correlação com o Selo de Salomão é “Os amantes”, que, não por coincidência é a de número 6 na sequência das 22 cartas.

6º - O Ankh – O Ankh (Cruz ansata) é o simbolo que complementa o Selo de Salomão, se posicionando no centro da estrêla, representa o homem como o fator equilibrante de todo e processo. De fato, a própria cruz já lembra a figura humana, mas o círculo acima do “T”, simboliza a mente divina e a cruz simboliza o seu sacrifício no mundo material, atuando como neutralizador , transmutador consciente. E esse fator atuante é de fato o Homem.

Neste sentido, o Ankh tem correlação com a carta número 12 do Tarô, “O Enforcado”, que encerra esta idéia de sacrifício voluntário em prol da “Obra Magna”, mostrando o homem pendurado como se fosse o Ankh invertido, mostrando que é desta forma que o Divino se concebe ao mundo. Também encerra a ideia de 12 (doze) momentos em que isto ocorre através das etapas de evolução nos 12 signos do Zodíaco (lembre os 12 Trabalhos de Hércules). Astronomicamente, é o Sol andando em seu ano solar durante 25.920 anos em torno do Sol Central da Galáxia nas doze casas zodiacais, ficando em cada uma delas 2.160 anos, período em que sempre surge o Avatar correspondente.

7º - O Lema “Não Há Religião Superior à Verdade”- Traduzido do têrmo “Satyan nasti paro dharmah”, ele vem coroar todos os outros entendimentos, confirmando que até mesmo Religiões não poderão ser mais do que a Verdade exposta pelo próprio Selo.

A Lei é imutável e nada que é manifesto pode fugir do seu alcance.

Desta forma o Selo foi composto para fechar no sétimo elemento, o Lema, aquilo que começou no “Om”, ficando clara a finalidade de abertura e fechamento para a completude da Obra a ser realizada, tal como na abertura e fechamento dos trabalhos egregóricos realizados nas Lojas da ST.

Aqui termina a composição do Selo, como é conhecido, porém, na minha audácia, introduzi mais uma elemento, fechando desta forma a oitava em que tudo se realiza:

O 8º elemento é uma teia, uma rêde geométrica que é fruto de meus estudos de geometria como linguagem do oculto.

Ela representa a estrutura numênica geométrica da manifestação cósmica. Nela estão inseridos todos os sólidos platônicos, a Flôr da Vida, a Semente da Vida, a Árvore da Vida ( a Cabala), o Ankh, a Suástica, o Caduceu de Mercúrio, o Selo de Salomão, a Tetrákis Pitagórica, o Eneagrama, etc. (segue abaixo a demonstração de como construí esta imagem).

Se obsevarmos a imagem atentamente, a própria Estrêla de Seis Pontas, dentro do Selo da ST está perfeitamente encaixada nas tramas geométricas da teia. Ela é perfeitamente integrada com as linhas geométricas do fundo que coloquei.

A cor azul utilizada também tem a ver com a ideia de espaço.

Possivelmente, a Ciência já esteja admitindo esta Lei numênica manifestada nesta teia cósmica, através do conceito da chamada “Matéria Escura”. É um caso a se verificar.

Bem, para fechar a idéia geral do Selo, numericamente falando, já que gosto tanto da lógica dos números, poderiamos considerar que o 1º elemento, o “Om”, que é de fato o Três em Um, somados com os seis restantes e o elemento que incorporei, totaliza o número 10, que é o número da perfeição, tão apreciado por Pitágoras e consubstanciado na Tetrákis.